Doença ou vício?
O alcoolismo é uma doença progressiva e quase sempre fatal.
É uma doença de sentimentos e emoções. O doente não consegue lidar com os seus sentimentos e emoções e por essa razão usa o álcool, que assume totalmente o controle da vida do paciente.
É uma doença que atinge todos os níveis da sociedade, independentemente do Credo, da raça, ou sexo, desde o clérigo ao médico, desde a classe social mais baixa, a alta sociedade. A estimativa é que 10% dos portugueses tem problemas de álcool. O mesmo acontece no Brasil ou nos USA.
O alcoolismo é uma doença crónica que não tem cura mas tem recuperação. E uma doença que embora não seja contagiosa, envolve e afeta todos os que rodeiam o doente, conjugue, filhos, Pais, amigos, colegas de trabalho etc.
Porque se encobre tanto o doente alcoólico? Porque é que se estigmatiza tanto uma doença, que a OMS recolhesse como crónica e os doentes que dela padecem estão isentos de taxas moderadoras? Porque é que um médico, um ministro, um alto funcionário, ou mesmo um funcionário auxiliar, quando se encontra de baixa médica de longa duração devido ao álcool, se esconde os verdadeiros motivos?
Pura ignorância. O doente alcoólico não tem culpa da sua doença, embora seja responsável por ela. Ele é tão culpado quanto o cardíaco, o diabético ou oncológico.
Também se tenta passar a ideia que o dependente do álcool é um ser humano fraco, sem força de vontade. Isso não corresponde minimamente à verdade, o alcoólico reage de forma destrutiva ao vazio espiritual que existe no meio em que se encontra inserido. Por outras palavras ele procura em lugar errado um verdadeiro sentido para a vida.
Porque é que a taxa de sucesso na recuperação de alcoólicos é tão baixa?
O doente alcoólico tem a tendência de não assumir a responsabilidade pela sua própria doença, devido ao grande estigma que a ignorância perpetua. Como se sente derrotado, deixa de acreditar numa vida sem álcool, pela impossibilidade de o poder conceber. Assim alem de negar permanentemente a doença alheia-se do problema considerando a sua doença, um problema da exclusiva responsabilidade do terapeuta, convertendo-se em espectador passivo da luta que o especialista trava por ele.
Como chegar ao Sucesso?
Para que seja possível uma reocupação, o alcoólico tem que assumir a responsabilidade pela sua própria doença, e converter-se a um programa de mudança. Não é possível a recuperação sem a aceitação da doença e uma predisposição para uma vida nova.
Os programas que têm estado disponíveis para o problema, pelos Serviços Nacionais de Saúde dos países que conheço, alem de insuficientes, limita-se a desintoxicar o álcool e pouco mais, utilizando uma técnica de confronto, que em alguns tipos de personalidade até resulta, noutros nem por isso, e em muitos casos a confrontação pode até promover a resistência do alcoólico, isolando-se, comprometendo o sucesso e uma vida, que já se encontra fragilizada e desgovernada.
Ao longo de minha carreira aprendi a não ver o alcoolismo como uma tragédia mas como uma oportunidade de viver uma segunda vida dentro da mesma vida. Cada pessoa tem de ser tratada como tal. Cada pessoa é única e tem que ser tratado como tal. Não é ir a pronto a vestir. O projeto de recuperação que serviu numa determinada pessoa, e resultou em sucesso não pode administrado a uma pessoa diferente. É esta a causa fundamental do fracasso.
A minha experiência, a Psicologia Quântica e os conceitos da Medicina Quântica, são três pontos de apoio, que nos garante uma recuperação rápida e eficaz, principalmente aqueles que já foram considerados casos perdidos.
A psicologia quântica tem a função de reciclar e transformar em amor a rejeição, a culpa, o medo, o ressentimento, o abandono, a humilhação, a traição ou injustiça.
A Medicina Quântica tem como objetivo diagnosticar, corrigir e equilibrar, o físico o emocional o mental e o espiritual.
A minha experiência indica a forma como, e quando atuar em cada situação ou caso.
Um programa de recuperação é o escultor que retira dum bloco de mármore todo o que impede a visão da magnífica escultura, que dentro dele existe. Estar em recuperação é retomar o contacto com a essência da vida, que nunca deixou de existir, mas que se encontrava submersa, e que há muito se lhe tinha perdido o contacto.
Existe uma saída para o alcoolismo dá uma oportunidade a ti mesmo
António Fernandes